Rio (AE) – A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu para 0,35% em novembro, ante o aumento de 0,48% em outubro. Segundo informou hoje (18) a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o recuo nos preços dos combustíveis no atacado levou à inflação menor. Para a FGV, a taxa reduzida no indicador pode ser o início de um ciclo de desaceleração na inflação medida pelos IGPs, nos últimos dois meses do ano.

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O IGP-10 de novembro abrange o período de 11 de outubro a 10 de novembro. Segundo o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o próximo resultado do índice pode ficar perto do de novembro. Para Quadros, o movimento de alta dos IGPs, em outubro, foi um "pico" causado principalmente pelo auge de impacto na inflação dos aumentos nos preços dos combustíveis. "Já imaginávamos que, quando os IGPs começaram a acelerar no mês passado, isso se devia aos combustíveis. Agora, terminado o ciclo de alta (dos combustíveis), os IGPs começam a recuar", afirmou.

No atacado, os preços dos combustíveis subiram apenas 1 31% no IGP-10 de novembro, ante aumento de 7,79% em outubro. Isso levou à queda dos preços no atacado, que caíram quase à metade (de 0,57% para 0,33%), de outubro para novembro. De acordo com Quadros, a taxa do IGP-10 teria recuado mais intensamente em novembro, não fosse a pressão ainda exercida, na inflação do atacado, por aumentos nos preços dos bovinos (de -0 92% para 6,42%).

O preço da carne começou a subir devido às primeiras notícias de febre aftosa no gado do Mato Grosso do Sul. Isso levou ao abate de animais contaminados e fechamento de regiões produtoras com suspeita da doença – o que conduziu à menor oferta de carne bovina no mercado interno e, por conseqüência, elevou os preços do produto.

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A alta nos preços das carnes foi um dos principais fatores que elevaram os preços do varejo, de outubro para novembro. Os preços para o consumidor subiram 0,43% em novembro, ante aumento de 0,33% em outubro, devido às acelerações de preços em hortaliças e legumes (de -3,67% para 1,86%), e carnes bovinas (de 1,45% para 5,67%) – além de deflação mais fraca nos preços das frutas (de -4,41% para -0,15%).

Já os preços na construção civil subiram 0,28% em novembro, taxa idêntica à apurada em outubro. Até novembro o IGP-10 acumula elevações de 1,41% no ano e de 2,19% em 12 meses.

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