Inflação indica cenário favorável, dizem analistas

São Paulo – Os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de abril, divulgados esta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram dinâmica favorável para os próximos meses, na opinião de analistas do mercado financeiro. O índice cheio do IBGE, o núcleo por exclusão e os preços de mercado apresentaram porcentuais abaixo do esperado pelos economistas. Já o IPC-Fipe da terceira quadrissemana do mês (-0,06%) veio dentro do esperado pelos economistas (-0,09% a 0,03%) e seguiu em terreno negativo pela segunda semana consecutiva.

O IPCA-15 ficou em 0,17% (ante expectativas de 0,24% a 0 40% apuradas pela Agência Estado), o núcleo por exclusão foi de 0,26% (de 0,30% a 0,47%) e os preços livres ficaram em 0,02% (de 0,15% a 0,26%). "Nesta apuração, que mostra recuo da inflação em comparação ao IPCA de março (0,43%), as três principais medidas de núcleo também apresentaram queda, o que mostra que o resultado reflete uma desaceleração generalizada dos preços", disse a economista da Tendências Consultoria Integrada, Marcela Prada.

Na avaliação do estrategista-chefe do BNP Paribas, Alexandre Lintz, a dinâmica é muito favorável. Uma análise mais aberta do indicador mostra, segundo ele, que não houve nenhuma fonte de pressão em quaisquer dos grupos que compõem o IPCA-15, nem em vestuário, conforme aguardavam alguns analistas em razão da chegada da nova coleção de roupas de inverno.

Na outra ponta, dois itens contribuíram com a desaceleração mais forte do índice: combustíveis e alimentos. Dentro do grupo alimentação, o subgrupo frutas, por exemplo, aprofundou a deflação, que já era de -1,5% na última divulgação, para -8,5%. Combustíveis também desaceleraram, conforme o esperado.

De acordo com Lintz, estes preços sob controle não estão relacionados a uma demanda enfraquecida, mas sim à competição. "Quando as expectativas de inflação estão altas, os empresários ficam com menos receio de aumentar os preços. Com a inflação sob controle e os custos baixíssimos, como vêm mostrando os preços por atacado, há o medo de perder mercado", salientou.

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