A ata do Copom, divulgada hoje pelo Banco Central, lembra que as projeções feitas pelo mercado financeiro nas últimas semanas continuam acima do esperado pela autoridade monetária, "devido à depreciação cambial e à queda na taxa de juros esperadas durante o horizonte de projeção". Dessa forma, alertam os diretores, se as trajetórias da taxa Selic e da taxa de câmbio fossem mantidas até dezembro de 2005, a inflação ficaria ainda mais distante do cenário do objetivo de 5 1% estabelecido para a política monetária.
De acordo com os levantamentos semanais feitos pelo BC, as expectativas para a variação do IPCA em 2004 "se deterioraram de 7,19% para 7,38%". Em contrapartida, "para o ano de 2005, as expectativas passaram a indicar taxas modesta, passando de 5,90% para 5,78%". Os diretores advertem, que essa redução para 2005 "pode ser considerada relativamente modesta".
Para justificar lembram que vários acontecimentos recentes poderiam contribuir para uma visão mais otimista da inflação no próximo ano, como a "acomodação no ritmo de crescimento da economia, a apreciação da taxa de câmbio, a queda nos preços internacionais de importantes commodities e sinalização inequívoca de uma postura mais restritiva de política monetária ao longo dos últimos meses".
