Curitiba fechou o mês de março com inflação de 0,66%, segundo
o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) divulgado nesta quarta-feira (6) pelo
Ipardes. A taxa, válida para famílias que recebem até 40 salários mínimos,
sofreu elevação de 0,64 ponto percentual em relação a fevereiro, quando a
inflação ficou próxima de zero (0,02%).

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O acumulado do ano está em 1,20%
e dos últimos 12 meses (abril de 2004 a março de 2005) em 8,80%.

O
principal responsável pelo aumento do índice, explica a coordenadora do projeto
IPC, Maria Luiza de Castro Veloso, foi o grupo alimentos e bebidas, com alta de
2,04% nos preços de seus produtos. Os itens que mais contribuíram para este
resultado foram: batata-inglesa (13,63%), ovo de galinha (17,22%), frango
inteiro resfriado (6,30%), leite pasteurizado (1,86%), mamão (24,63%), tomate
(15,28%) e uva (37,56%).

A segunda maior influência foi do grupo
transporte e comunicação, com variação de 1,38% nos preços de seus produtos e
serviços. Os principais responsáveis foram, com alta de preços: gasolina
(11,31%), álcool combustível (8,60%), automóvel de passeio e utilitário usado
(1,11%) e automóvel de passeio nacional zero km (0,77%); e, com queda, passagem
de avião (20,23%), automóvel de passeio importado zero km (4,16%) e conserto de
veículos (0,91%). O item gasolina foi ainda o de maior contribuição dentre todos
os pesquisados pelo IPC.

O grupo habitação também fechou março em alta,
com variação de 0,85%, destacando-se os aumentos em água e esgoto (5,69%) e
energia elétrica residencial (1,91%).

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Revertendo as quedas apresentadas
em janeiro e fevereiro, o grupo vestuário teve alta de 0,94%, pressionado pelos
itens: sapato feminino (10,18%) e blusa e camiseta infantis (11,32%). Com queda,
destacam-se camiseta feminina (13,10%) e lingerie ? calcinha e sutiã
(5,96%).

Saúde e cuidados pessoais também apresentou aumento nos preços
de seus produtos e serviços, variando 0,16% em março. As principais
contribuições foram: plano de saúde (-1,82%) e tratamento dentário
(1,44%).

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De acordo com o técnico do projeto IPC do Ipardes, Gino
Schlesinger, a inflação em março só não foi maior devido às quedas apresentadas
pelos grupos artigos de residência (- 0,49%) e despesas pessoais (- 1,44%).