O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) do mês de maio subiu 0,27%, segundo informou nesta manhã o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril, o indicador havia registrado alta de 0,17%. O IPCA-15 é uma espécie de prévia do IPCA, utilizado pelo Banco Central como referência para as metas de inflação.
Até maio, o índice acumula aumento de 1,85%, no ano e de 4,31%, em 12 meses. O resultado anunciado hoje ficou perto do teto das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado. Eles esperavam uma taxa entre 0,10% e 0,28%, e acima da mediana das expectativas (0,23%)
De acordo com o IBGE, a alta de 2,45% nos remédios foi a principal causa da elevação do índice, de abril para maio, "contribuindo com 0,10 ponto percentual para o resultado do IPCA-15 do mês", detalhou o instituto, em comunicado, acrescentando que os preços desse produto acumulam alta de 3,76% no ano até maio.
Ainda de acordo com o IBGE, o indicador também foi pressionado pela alta no preço da gasolina (1,02%). Em contrapartida, o preço do álcool caiu 4,21% em maio. O instituto também informou que os preços dos alimentos ficaram praticamente estáveis, com alta de 0,06% no indicador de maio.
"Isto ocorreu, principalmente, por conta da avicultura, setor que mostrou controle sobre o excesso de oferta provocado pela crise", explicou o IBGE. Ainda no campo dos alimentos, o tomate também foi destaque: devido ao período de entressafra, o preço do item subiu 32,20% no IPCA-15 de maio.
Na análise regional, o instituto informou que as regiões metropolitanas de Porto Alegre e Recife ficaram com os maiores índices regionais de inflação, ambas com alta 0,66%.
As outras regiões registraram as seguintes taxas: Rio de Janeiro (0,43%); Belo Horizonte (0,31%); São Paulo (0,08%); Brasília (0 25%); Belém (0,15%); Fortaleza (0,24%); Salvador (0,51%); Curitiba (0,06%) e Goiânia (0,26%). Para o cálculo do IPCA-15 de maio, os preços foram coletados de 12 de abril a 15 de maio.