Rio de Janeiro – O Índice de Preços ao Consumidor Semanal registrou inflação de 0,57% no acumulado das quatro semanas anteriores à primeira de abril. O resultado, divulgado nesta segunda-feira (9) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) ficou estável em relação ao apurado no último levantamento: apenas 0,09 ponto percentual acima.

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De acordo com a FGV, a principal influência veio de Vestuário, que apresentou alta de 0,29% após dez semanas consecutivas de queda. O coordenador do IPC Brasil, André Braz, explicou que esse movimento já era esperado por causa da mudança de estação e pelo fim das promoções da coleção de verão.

?A taxa se inverteu nessa apuração porque nessa época do ano começa a entrar a coleção outono-inverno e normalmente há um aumento dos preços e o término das promoções que fizeram o grupo vestuário apresentar taxas negativas por um bom tempo?, afirmou.

Também houve aceleração em habitação (0,19% para 0,26%), puxado pelos preços de empregada doméstica mensalista (0,04% para 0,41%) e profissional para reparos de residência (0,32% para 0,60%). O mesmo movimento foi observado em transportes (0,11% para 0,25%). Neste caso, a elevação foi influenciada pela alta em álcool combustível (-0,22% para 1,22%) e gasolina (0,39% para 0,76%).

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Já a taxa de alimentação desacelerou (1,57% para 1,49%). O decréscimo foi provocado pela menor pressão exercida pelos itens hortaliças e legumes (8,94% para 7,83%) e aves e ovos (3,20% para 1,95%).

O coordenador do IPC Brasil, André Braz, explicou ainda de que forma a divulgação dos índices, como o IPC-S, pelos institutos de pesquisa influenciam a vida do cidadão comum.

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?Dificilmente um cidadão comum se identifica com os números de inflação, mas os índices falam a língua das pessoas que vão ao supermercado e pagam mais caro em algum item, ou que vêem o anúncio da taxa de água ou de telefone. Eles são muito mais do que simples números. Os índices acompanham as variações que mais causam impacto no custo de vida das famílias brasileiras. Além disso, também servem para corrigir contratos, pensões e vários itens que fazem parte do dia-a-dia do cidadão?, afirmou.

O IPC-S se refere a famílias com rendimento entre um e 30 salários mínimos e abrange Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e Distrito Federal.