Rio de Janeiro – O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) de outubro, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou taxa de 0,21%, resultado 0,15 ponto percentual menor que a taxa de setembro, de 0,36%. O índice é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
O IGP-10 leva em conta principalmente os preços no atacado, cujo índice (IPA) tem um peso de 60% no seu cálculo. Em outubro, a variação do IPA foi de 0,26%, enquanto que em setembro ficou em 0,45%.
O índice de preços ao consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que também compõem o IGP-10, apresentaram recuo em suas taxas. O IPC, que têm um peso de 30% no cálculo, ficou em 0,10% ante a taxa de 0,22% de setembro, e o INCC, com peso de 10%, passou de 0,16% em setembro para 0,14% em outubro.
A queda no preço dos combustíveis, principalmente os industriais, como óleo e querosene para a para aviação, foi um dos principais fatores para a redução do IGP-10 de outubro. A variação desse item teve forte participação tanto na redução da inflação no IPA como no IPC.
?Isso reflete a queda de preços do petróleo no mercado internacional e do preço do álcool no mercado interno, devido ao aumento da safra?, explicou o coordenador de análises econômicas da fundação, Salomão Quadros. ?No final do ano passado e início desse ano os preços do álcool ficaram muito pressionados devido ao aumento do consumo, já que nesses dois últimos anos 95% dos carros novos vendidos aqui são com tecnologia flex (bi-combustível). Essa queda representa uma boa notícia?.
No acumulado do ano, o IGP-10 apresenta alta de 2,51%, e segundo Quadros, deve fechar 2006 na faixa de 3%. ?Esse é um índice que sai um pouco na frente porque mede uma inflação de outubro, quando ainda estamos na metade do mês. Ele mostra que os outros índices gerais de preço estão em trajetória de desaceleração. Índices que vão justamente reajustar contratos como os de aluguel e tarifas de energia elétrica?, explicou.