Com alta de 1,54% em fevereiro, Curitiba registrou a quarta menor taxa de inflação do País entre as onze regiões pesquisadas pelo IBGE. A variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 1,57%, 0,68 ponto percentual abaixo dos 2,25% referentes a janeiro. Mesmo assim, o indicador ficou 1,21 ponto percentual acima da taxa de fevereiro de 2002 (0,36%). No primeiro bimestre de 2003, o acumulado é de 3,86%, enquanto no mesmo período do ano passado era 0,88%. Em Curitiba, o IPCA acumula variação de 3,52% no ano. Nos últimos doze meses, a elevação nacional foi de 15,85%, superando o resultado dos doze meses anteriores (14,47%).
De acordo com o IBGE, a redução na taxa de um mês para o outro se deve ao menor crescimento nos preços da maioria dos itens de consumo, motivada pela menor influência do dólar aliada à colheita da nova safra agrícola. A alta dos preços dos alimentos caiu de 2,15% para 1,22%. Produtos como óleo de soja (de 2,69% para -0,75%), arroz (de 1,97% para -0,73%), carnes (de 0,32% para -0,57%) e frango (de 2,61% para -0,49%) chegaram a apresentar taxas negativas. Outros tiveram aumentos menores, como ovos (de 5,40% para 3,50%) e macarrão (de 2,85% para 0,81%).
Nos produtos não alimentícios, a taxa passou de 2,28% em janeiro para 1,68%. A maioria dos produtos deste grupo influenciou menos o IPCA de fevereiro do que em janeiro, destacando-se a gasolina (de 8,82% para 3,29%) e os remédios (de 2,26% para 0,12%), além do gás de cozinha (de 4,55% para -3,73%), com queda de preço. Por outro lado, com pressões positivas, aparecem as tarifas dos ônibus urbanos (de 4,99% para 5,91%), refletindo reajustes ocorridos em sete regiões pesquisadas, e as mensalidades escolares (de 0,60% para 6,54%), com aumento em todas as capitais por causa do início do ano letivo.
Brasília teve o maior índice regional (2,44%), enquanto Recife apresentou a menor oscilação (0,53%). Nas outras regiões, as variações foram as seguintes: Fortaleza (2,04%), Goiânia (1,83%), Rio de Janeiro (1,74%), São Paulo (1,61%), Salvador (1,61%), Porto Alegre (1,54%), Belém (1,26%) e Belo Horizonte (1,19%). O IPCA reflete o custo de vida para famílias com rendimento entre um e quarenta salários mínimos e é usado pelo Banco Central como balizador das metas de inflação.
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação de preços para famílias com renda de um a oito salários mínimos, teve incremento de 1,46% em fevereiro, ficando 1,01 ponto percentual abaixo do de janeiro (2,47%). Em fevereiro de 2002, o INPC foi 0,31%. Nos dois primeiros meses do ano, o índice acumulou taxa de 3,97%, acima do percentual de 1,38% relativo a janeiro e fevereiro de 2002. Nos últimos doze meses, o índice situou-se em 17,66%, resultado superior aos doze meses imediatamente anteriores (16,33%).
Curitiba apresentou o quinto menor INPC, com alta de 1,03%. O maior índice regional foi registrado em Brasília (3,45%) e o menor em Recife (0,33%). Nas outras cidades, a taxa foi a seguinte: Fortaleza (2,24%), São Paulo (1,92%), Salvador (1,88%), Rio deJaneiro (1,36%), Porto Alegre (1,26%), Goiânia (0,98%), Belo Horizonte (0,91%) e Belém (0,91%). No acumulado do ano, a capital paranaense apresenta o terceiro menor índice: 2,88%.