Com variação de 1,69%, a Região Metropolitana de Curitiba apresentou em outubro a terceira maior inflação do País, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado hoje pelo IBGE. O repasse da alta do dólar sobre os preços ao consumidor deixou o índice nacional em 1,31%, 0,59 ponto percentual acima do resultado de setembro (0,72%), a maior taxa do ano e a maior desde julho de 2001 (1,33%).
O IPCA, meta oficial de inflação, acumula elevação de 6,98% em 2002, acima do percentual de 6,22% do mesmo período de 2001. Neste ano, o índice já atingiu o centro da meta negociada no último acordo estabelecido entre o governo e o Fundo Monetário Internacional (6,5%, com dois pontos e meio de variação para cima ou para baixo). Nos últimos doze meses, o indicador situou-se em 8,45%, superando o resultado dos doze meses imediatamente anteriores (7,93%). Em outubro do ano passado, a taxa foi 0,83%.
O grupo de produtos mais afetado pelo dólar no último mês foi o de alimentos, que registrou o maior aumento (2,79%) desde novembro de 1994. O pão francês subiu 6,37% motivado pela alta do trigo, que também elevou a farinha de trigo (15,28%), macarrão (5,62%) e biscoito (2,62%). Também por causa do dólar, o óleo de soja aumentou 10,46%. Outros alimentos que subiram foram: arroz (9,03%), frango (5,52%) e carnes (3,32%). Já os produtos não alimentícios tiveram variação de 0,88% (ante 0,37% em setembro), influenciados por passagens aéreas (11,85%), álcool combustível (11%) e cigarros (5,26%).
Em Curitiba, a alta dos alimentos foi maior que a nacional: 3,1%, pressionada por farinhas, féculas e massas (9,18%), óleos e gorduras (8,52%), cereais, legumes e oleaginosas (7,35%) e panificados (5,83%). Também houve crescimento acentuado em artigos de residência (2,79%). O aumento do álcool na capital paranaense (5,9%) foi bem superior à média brasileira (3,35%). No ano, o IPCA de Curitiba (7,14%) é o quarto menor do País.
Entre as onze regiões pesquisadas pelo IBGE, o maior IPCA de outubro foi registrado em Brasília (1,82%) e o menor em Belém (1,10%). Nas outras capitais, as variações foram: Goiânia (1,70%), Recife (1,58%), Fortaleza (1,53%), Porto Alegre (1,48%), Belo Horizonte (1,25%), Salvador (1,19%), São Paulo (1,16%) e Rio de Janeiro (1,14%). O IPCA calcula o custo de vida para famílias com rendimento mensal entre um e quarenta salários mínimos.
Inflação de Curitiba é a terceira maior em outubro
2 minutos de leitura
continua após a publicidade
continua após a publicidade