Inflação cairá em junho, dizem analistas

Os índices de inflação a serem divulgados nas próximas semanas serão
determinantes na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter ou
não o ciclo de alta dos juros na reunião de junho. Para economistas, a ata de
hoje (27) sinalizou que será a inflação corrente que definirá os próximos passos
da política monetária. Mas, apesar do tom apreensivo da ata, os economistas
acreditam que a instituição poderá ter um cenário de menor risco em junho.
Segundo a consultoria LCA, até a reunião de 15 de junho deverá ocorrer uma
relevante desaceleração da inflação, o que contribuiria para o fim da trajetória
de alta da Selic, hoje em 19,75% ao ano.

Na opinião do analista da
Tendências Consultoria Integrada, Guilherme Maia, a ata indica que o BC deixou
de perseguir o centro da meta de 5,1% e passou a se preocupar mais com o teto de
7%. Segundo ele, ainda é cedo para apostas, mas a possibilidade de manutenção
dos juros em junho deve aumentar.

O economista da Gap Asset Management,
Alexandre Maia, lembra ainda que algumas medidas tomadas recentemente devem dar
algum fôlego para a inflação, como desoneração de PIS e Cofins sobre remédios, o
que levará a uma queda média de 11% no preço ao consumidor. Mas, para a GRC
Visão, uma nova alta de 0,25 ponto não está descartada. "A ata não revelou
alteração no discurso do BC, que manteve o tom de preocupação com a evolução
altista da inflação corrente."

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