O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a inflação entre a população idosa, subiu 0,86% no quarto trimestre de 2006, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No terceiro trimestre, o IPC-3i teve alta de 0,50%. No ano de 2006, o IPC-3i acumulou alta de 2,26%, superior à apresentada pelo IPC-BR, que mede a inflação no varejo em todas as faixas etárias e subiu 2,06% no mesmo período.
De acordo com a fundação, as maiores contribuições para a alta do indicador no quarto trimestre partiram das elevações de preços, no período, nos grupos Alimentação (0,89%) e Transportes (2,49%). Os itens que mais influenciaram esses aumentos nos grupos foram, respectivamente, carnes bovinas (6,20%) e transporte público urbano (8,84%).
No ano todo de 2006, as maiores contribuições para a elevação de preços medida pelo IPC-3i foram as elevações de preços em Saúde e Cuidados Pessoais (6,23%); Habitação (1,80%) e Transportes (6 03%). Respectivamente, os aumentos que mais influenciaram essas taxas de aumento nessas três classes de despesa foram plano e seguro saúde (11,20%); taxa de água e esgoto residencial (6 84%); e ônibus urbano (10,71%). De acordo com comunicado da instituição, "das cinco principais influências positivas sobre o IPC-3i, em 2006, três foram provenientes de preços administrados que responderam por 44% da taxa acumulada do ano".
O IPC-3i representa o cenário de preços em famílias com pelo menos 50% dos indivíduos de 60 anos ou mais de idade, e renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos.