São Paulo – O ritmo de expansão do emprego industrial deve aumentar em 2007, de acordo com a Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em conjunto com o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), divulgada nesta terça-feira (22).
Segundo a pesquisa, entre as 1.050 empresas consultadas, houve aumento de 40% das que pretendem contratar no ano que vem. No mesmo período do ano passado, 30% disseram que contratariam em 2006. Já a parcela das que programam demissões diminuiu de 16% para 10%.
Das empresas pesquisadas, 39% programam aumentar os investimentos em 2007. No ano passado esse número era de 38%. Ao mesmo tempo diminuiu de 22% para 13% a proporção de empresas que pretendem diminuir os gastos.
Já com relação ao faturamento, a parcela de empresas que prevêem aumento é de 72% contra 71% no ano passado. Aquelas que prevêem faturar menos em 2007 são 5%, ante 9% no ano passado. A proporção de empresas que esperam melhoria nos negócios aumentou de 44% para 47%. O grupo de pessimistas diminuiu de 13% para 6%.
De acordo com a pesquisa, as expectativas quanto às exportações da indústria de transformação são mais otimistas do que as feitas em outubro de 2005. Empresas que representam 59% do mercado esperam crescimento das exportações em 2007, número superior aos 53% anteriores. As que prevêem diminuição são 10%, ante os 12% do ano passado.
As importações devem aumentar para 27% das consultadas este ano contra 29% em outubro de 2005. Aquelas que esperam diminuição são 8%, um ponto percentual a menos do que no ano anterior.
Segundo o coordenador do Ibre, Aloísio Campelo, o otimismo das empresas pode ser considerado moderado, o que demonstra que a indústria está com a expectativa de que o crescimento do ano que vem não será ?muito mais forte? do que o deste ano, que, na avaliação dos pesquisadores, não foi tão grande. ?A pesquisa não capta um otimismo inesperado. A indústria está passando por uma fase de crescimento um pouco turbulento, ainda não disseminado para todos os segmentos, mas há uma expectativa de continuidade desse crescimento?.
Campelo explicou ainda que a maioria das empresas (42%) prevê crescimento entre 0,1% e 5% no faturamento. Um crescimento de 5,1% a 10% foi previsto por 37% das empresas, enquanto o crescimento de 10,1% a 20% foi destacado por 16% das pesquisadas. Já 5% das consultadas esperam crescer mais do que 20%.
?Parece que há uma cautela maior e também a economia brasileira tem alcançado um nível de previsibilidade maior nos últimos anos. É mais ou menos consensual que economia brasileira não deve crescer muito no próximo ano e com a economia crescendo de forma moderada a indústria também não prevê um crescimento explosivo para o próximo ano?, disse Campelo.
