Indústria Têxtil deve entrar com primeiros processos contra produtos chineses

A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) vai dar entrada nos primeiros processos para solicitar salvaguardas contra os produtos importados da China. A entidade divulgou, nesta sexta-feira, um comunicado em que diz ter listado 75 produtos brasileiros prejudicados pela concorrência chinesa.

Em nota, a Abit considerou ?positiva e absolutamente necessária? a publicação do decreto nº 5.556, na quarta-feira, que regulamenta as salvaguardas para importação de produtos da China. ?Apesar do período de investigação e consultas que pode demandar cada processo, as salvaguardas constituem, desde já, um importante instrumento que confere lastro às negociações que ainda estão em curso com a China?, explicou.

No comunicado a Abit acrescenta ?que não se trata de uma medida protecionista uma vez que o setor têxtil e de confecção brasileiro é extremamente competitivo e, apesar de todas as dificuldades macro-econômicas e da concorrência desleal, vem conseguindo aumentar suas exportações?.

O presidente da Abit, Josué Gomes da Silva, afirma na nota que ?a China não pode se sentir agredida com esta regulamentação, pois concordou com esse dispositivo quando da sua entrada na OMC (Organização Mundial do Comércio), em 2001?.

?É uma medida transitória, que irá vigorar até 2008 e, nesse período, acredito que as negociações possam avançar entre os dois países. Também é um prazo para o Brasil acelerar as mudanças que já estão acontecendo nas suas políticas industrial e macro-econômica?, disse Josué Gomes.

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