A 156ª Sondagem da Indústria de Transformação divulgada hoje (27) pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV) mostra que o setor registrou em julho o mais baixo
desempenho desde julho de 2003, e que a maioria das empresas retratou um quadro
de crescimento baixo, com estoques excessivos.
De acordo com o comunicado
da FGV, o setor mantém em julho o ritmo lento de atividade econômica exibido
durante o primeiro semestre do ano. O nível de utilização da capacidade
instalada ficou estável após dois trimestres consecutivos em queda.
A
pesquisa apurou que a expectativa dos empresários para os próximos meses é menos
favoráveis que a dos últimos trimestres. Entre os entrevistados, 44% apostaram
na melhoria da situação dos negócios nos próximos seis meses e 17% vislumbram
piora. A diferença entre os otimistas e pessimistas, segundo a Fundação Getúlio
Vargas, representa o pior resultado em dois anos.
O desaquecimento e a
variação cambial já interferem nos preços. O percentual dos que pensam em
aumentá-los em julho caiu em relação a abril (27% contra 43%), no entanto, houve
aumento de 6% para 19% dos que planejam reduzir os preços. No entanto, a
contratação de novos funcionários é planejada por 24% das empresas, enquanto 15%
esperam reduzir o contingente de mão-de-obra no terceiro trimestre deste ano.