As exportações da indústria química brasileira alcançaram US$ 5,4 bilhões de janeiro a setembro deste ano, 29,3% a mais do que em igual período do ano passado. Foram embarcados 6,3 milhões de toneladas de produtos, um incremento de 12,9%, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
De acordo com vice-presidente executivo da instituição, Guilherme Duque Estrada de Moraes, o aumento foi proporcionado pelo crescimento de produção de algumas empresas, paralelamente ao aumento de procura no mercado internacional, principalmente de produtos petroquímicos. Houve queda na demanda interna, sobretudo no segundo trimestre, o que fez sobrar mais produtos para exportar, e aumentaram os preços. "Os preços dos produtos que nós exportamos tiveram a sua cotação elevada no mercado internacional" disse Moraes.
O resultado ajuda a minimizar o déficit da balança comercial no setor. O Brasil ainda importa mais do que exporta. As importações consumiram US$ 11,3 bilhões e o déficit acumulado no período foi de US$ 5,9 bilhões. O volume das importações ficou próximo de 14,9 milhões de toneladas, 17,6% menos que no mesmo período de 2004.
As exportações de produtos da indústria química abrangem desde substâncias para a produção de remédios até matérias primas do setor petroquímicos. Os produtos químicos de uso industrial representaram 86,3% do faturamento e 96,8% do volume total das exportações realizadas até setembro.
Moraes destacou como os principais produtos do setor químico exportados pelo Brasil a alumina calcinada, o silício, os polietilenos (resinas termoplásticas), o benzeno e a borracha sintética. Já os produtos mais importados são as matérias-primas para fertilizantes (com destaque para o cloreto de potássio), seguida de produtos para a indústria farmacêutica, de defensivos agrícolas e produtos petroquímicos diversos.
O Mercosul e o restante dos países latino-americanos (à exceção do México) formam o principal mercado comprador. A seguir vêm a América do Norte (aí incluído o México), União Européia e Ásia. Os produtos que importamos vêm principalmente dos Estados Unidos e da União Européia