De janeiro a julho deste ano, o Brasil importou 315,7 mil toneladas de resinas termoplásticas, 26,45% a mais que em igual período de 2004. As importações somaram US$ 374,842 milhões, registrando um salto de 63,55% em comparação com o valor nos sete primeiros meses do ano passado.

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Os dados foram divulgados pelo Sistema Integrado de Comércio Exterior/Secretaria de Comércio Exterior (Siscomex/Secex) à Agência Estado.

A elevação das importações em volume é semelhante ao aumento das exportações brasileiras de resinas que, de janeiro a julho, tiveram incremento de 26,5%, para 547,3 mil toneladas. A evolução das exportações vem sendo explicada pela indústria petroquímica em geral pelo desaquecimento do mercado interno. A petroquímica brasileira tem por regra exportar apenas os excedentes, uma vez que o mercado interno sempre remunera melhor.

Embora o Sindicato das Indústrias de Resinas Sintéticas no Estado de São Paulo (Siresp) não venha divulgando os números das importações desde o segundo trimestre do ano, a invasão das importações pode ter como justificativa a diferença de preços médios das resinas adotados no exterior em relação às cotações médias no mercado local.

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Em junho, a tonelada do polipropileno no Brasil custava US$ 417 a mais que o produto importado (com impostos, taxas e custo frete); a do polietileno de alta densidade (PEAD), US$ 340 a mais; a do polietileno de baixa densidade linear (PEBDL), US$ 315 a mais; a do polietileno de baixa densidade (PEBD), US$ 130 a mais; a do policloreto de vinila (PVC), US$ 485 a mais; e a do poliestireno (PS), US$ 30 a mais. Esta resina foi a que apresentou menor diferença e menor variação em importações ante os números de 2004.

Conforme o Siscomex/Secex, de janeiro a julho deste ano foram importadas 80,841 mil toneladas de PVC, 43,79% a mais que em igual período do ano passado, no valor de US$ 80.505 milhões, valor 77,50% superior ao dos sete primeiros meses de 2004. Ou seja, mesmo com aumento de preços no exterior, neste ano em relação ao anterior, compensou importar.

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A segunda resina cujas importações mais cresceram foi a PEBDL, com volume de 17,109 mil toneladas, 31,44% superior à quantidade importada de janeiro a julho de 2004, no valor de US$ 20,579 milhões, 85,52% a mais que nos sete primeiros meses do ano passado. Já o PP registrou importações de 27,663 mil tonelada, 29,25% superiores as de janeiro a julho de 2004, no valor de US$ 35,3866 milhões, 57,69% a mais que nos sete primeiros meses do ano passado.

As importações de "outros polietilenos" (com carga, ou seja semi-commodities; e commodities, ou na forma primária), o que inclui PEBD, PEAD e PEBDL, somaram 72,670 mil toneladas, 14 20% a mais que de janeiro a julho de 2004, no valor de US$ 83 959 milhões, 63,20% superior ao registrado em igual período do ano anterior.

Já as compras externas de PS cresceram 16,66%, para 9 067 mil toneladas, de janeiro a julho deste ano, no valor de US$ 13,031 milhões, 57,79% superior ao dos sete primeiros meses do ano passado. A Siscomex/Secex não divulgou dados sobre a resina PET (polietileno tereftalato). Mas informou que as pré-formas de PET tiveram elevação de 16,85% nas importações, para 98,566 mil toneladas, no valor de US$ 137,388 milhões, 55,71% a mais que no período de janeiro a julho de 2004.