Brasília – Aproximadamente 80% do comércio internacional de produtos brasileiros é feito por navios de grande porte. No enatnto, a estagnação do setor naval provocou uma dependência do transporte marítimo estrangeiro e um gasto anual de US$ 10 bilhões ao país.

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Agora, o governo pretende investir na retomada da indústria naval, a partir da modernização de estaleiros, construção de navios e qualificação da mão-de-obra. Parte disso está previsto na primeira fase do programa de Modernização e Expansão da Frota da Petrobras Transporte (Transpetro), empresa subsidiária da Petrobras, em que deve criar 22 mil empregos diretos.

Segundo o presidente da empresa, Sergio Machado, o programa terá recursos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). A Transpetro deve construir 42 navios, sendo 26 em uma primeira etapa e 16 em uma segunda.

?Estamos privilegiados pela natureza. Temos oito mil quilômetros de costa e 42 mil de rios navegáveis, mas não estamos usando isso de forma competitiva?, afirmou, em entrevista nesta quinta-feira (26) a emissoras de rádio parceiras da Radiobrás.

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De acordo com Machado, os contratos assinados para a construção de navios atraíram países como Venezuela, Alemanha, Itália. ?Em breve, o Brasil poderá fabricar entre 60 e 70 navios por ano. Assim, vamos garantir a movimentação do nosso produto?.

Após a estagnação em 1996, acrescentou o executivo, o uso do transporte marítimo estrangeiro aumentou em 95%, o que levou os empregos, a transferência de renda e de lucro para fora do país. Na avaliação dele, o programa vai ajudar a reduzir essa dependência estrangeira.

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Para que isso ocorra, pondera, não basta basta melhorar o quadro de dependência se a matriz de transporte do país continuar concentrada no sistema rodoviário.

"O custo do transporte rodoviário é o dobro do ferroviário, que, por sua vez, é o dobro do aquaviário. Isso torna a logística mais cara. Para mudar, precisamos de estaleiros, gasodutos, navios e investimentos para que o Brasil possa ficar mais competitivo?, disse, acrescentando ser preciso, ainda, conhecer as dificuldades do setor para investir em educação, capacitação e tecnologia.