De uma maneira geral os empresários da indústria da transformação estão otimistas quanto ao cenário do primeiro trimestre, principalmente em suas estimativas de produção, mas o pessimismo contagiou suas expectativas sobre o nível de emprego. A avaliação é baseada nos dados da prévia da 158ª Sondagem Conjuntural da Indústria da Transformação, anunciada há pouco pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Na passagem do levantamento do terceiro para o quarto trimestre caiu de 27% para 26% a parcela dos entrevistados que estimavam alta na demanda no primeiro trimestre. No mesmo período subiu de 28% para 30% o porcentual de pesquisados que esperam redução na demanda nos primeiros três meses de 2006.
Mas os empresários parecem estar otimistas com seus dados futuros de produção. Subiu de 28% para 38% a parcela dos entrevistados que esperam alta na produção no primeiro trimestre no mesmo período de comparação. Em compensação, subiu de 30% para 34% o porcentual dos que esperam redução na produção nos primeiros três meses desse ano.
Entretanto, a FGV comentou que as expectativas para o nível de emprego estão muito ruins, e registraram nessa pesquisa os piores resultados desde janeiro de 1998. Caiu de 14% para 11% a parcela dos entrevistados que esperam melhora no emprego no primeiro trimestre deste ano. Além disso, subiu de 15% para 32% o porcentual dos pesquisados que aguardam piora no emprego nos primeiros três meses do ano.
Em um horizonte mais longo as expectativas estão melhores. Ao serem perguntados sobre o primeiro semestre, subiu de 44% para 55% a parcela dos que esperam melhora nos negócios nos primeiros seis meses deste ano. A FGV também informou que caiu de 18% para 12% a parcela dos esperam piora nos negócios, no primeiro semestre de 2006.
