Os números da indústria brasileira de informática no primeiro semestre deste ano e as previsões para o fim de 2002 refletem a crise no setor eletroeletrônico. Segundo dados da Associação da Indústria Eletroeletrônica (Abinee), as empresas de informática reduziram sua projeção de crescimento em 2002 de 13% para 6%. Se for descontada a inflação, que este ano deve ficar em torno de 6%, o crescimento real do faturamento será zero. O faturamento das indústrias de informática caiu 4% entre janeiro e junho deste ano em relação ao primeiro semestre de 2001, o terceiro pior resultado do setor eletroeletrônico. Segundo a Abinee, entre os principais problemas para os eletroeletrônicos estão a alta do dólar, que onerou a produção e e congelou novos investimentos, e a crise econômica nacional e internacional. O setor também foi a mais prejudicado pela crise argentina. As exportações para o país vizinho caíram 96% nesse período. Para os EUA, país que mais importa eletroeletrônicos do Brasil, a queda foi de 52,8%. No geral, as exportações de bens de informática caíram 60,8%, o pior resultado da indústria eletroeletrônica. Com a queda na venda desses equipamentos, dentro e fora do país, as importações do setor também caíram (-29,2%). Como muitas empresas e revendedores já fizeram estoques para escapar da alta do dólar, a situação não deve melhorar até o fim do ano. Hoje, as indústria de informática trabalham com uma ociosidade de 36%, contra 22% no final de junho de 2001. (Correio Web/FolhaNews)
Indústria de informática reduz previsão de crescimento em 50%
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