Depois da queda de 5,1% registrada em 2006, a indústria de caminhões se prepara para crescer entre 3% e 7% este ano. O setor projeta vendas de até 81 mil unidades. Se atingido, será o segundo melhor volume dos últimos 27 anos. O recorde no período foi em 2004, com 83 mil veículos vendidos em todas as categorias do leve (incluindo vans de carga) ao extrapesado, de grande porte.
A melhora na agricultura e na mineração, além de projetos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) devem demandar mais veículos de transporte, prevêem as empresas, que anunciaram investimentos em novos produtos
A Volvo, com fábrica em Curitiba (PR), vai investir US$ 60 milhões (R$ 125 milhões) entre 2007 e 2008 em novos veículos e instalações. A Volkswagen confirmou aporte de US$ 48 milhões (R$ 100 milhões) em Resende (RJ). Metade será gasto no desenvolvimento de dois caminhões: um extrapesado e um para transporte de cana.
Segundo o gerente da Volvo, Bernardo Fedalto, o plano inicial previa investimentos de US$ 75 milhões de 2006 a 2008, dos quais US$ 50 milhões foram gastos no ano passado. Diante da necessidade de novos projetos, o valor foi revisto para US$ 110 milhões e a diferença será gasta este ano e no próximo.
Os segmentos em que a Volvo atua, de caminhões semipesados e pesados, caíram respectivamente 12,1% e 8,8% no ano passado. Para 2007, Fedalto prevê recuperação de 5% a 10%. Esses segmentos, com capacidade de transporte acima de 15 toneladas de carga, correspondem a 60% do mercado total.
Em 2006 a Volvo vendeu 6.105 caminhões, 2,7% mais que em 2005. Em janeiro deste ano foram 268 unidades, 63% mais que em igual mês do ano passado. Segundo Fedalto, toda a produção até maio já está vendida.