A produção das fábricas estrangeiras de veículos instaladas no Brasil bateu seu recorde no mês de março. Foram fabricados 230.755 mil veículos, 12,3% a mais do que o mês anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado houve aumento de 1,8%. No trimestre, o país fabricou 631.688 unidades, 7,8% a mais do que no ano passado (585.786 veículos), e foi o quarto melhor trimestre da história, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Nas exportações o mês passado foi o melhor março da história, com 71.726 unidades vendidas para o exterior, 1,4% a mais do que em fevereiro. Apesar desse recorde as exportações apresentaram queda de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano houve aumento de 5,1%, com 200.319 unidades exportadas. Em valores absolutos foram exportados US$ 984.483 mil, 9,5% a mais do que no mês anterior. Houve ainda um crescimento de 1,6% ante o mesmo período do ano passado. No trimestre o total em volume chegou a US$ 2.644.303 milhões, 10,9% a mais do que o primeiro trimestre do ano passado.
Segundo o presidente da Anfavea, Rogélio Golfarb, mesmo com o aumento a taxa de crescimento o ritmo das exportações está em declínio. "Os números absolutos são sempre maiores, mas a taxa de crescimento diminuiu. As exportações no mês de março perderam o fôlego com relação a fevereiro". Golfarb ressaltou que para definir uma tendência para as exportações esses períodos ainda são pequenos, mas são indicativos de que o ritmo de crescimento que havia na indústria automobilística está começando a ficar cada vez menor.
A produção de máquinas agrícolas teve aumento de 17,9% com 4.521 unidades, contra 3.833 em fevereiro, mas na comparação com março de 2005 houve queda de 12,2% (5.148). O trimestre também fechou com queda – 18,4% – com a produção de 11.283. Em igual período do ano passado, o país produziu 13.822. As exportações cresceram 22%, com 2.239 mil unidades vendidas para o exterior. Comparado com o mesmo período do ano passado houve queda de 32,6%. Na comparação dos trimestres também foi registrada queda (35,3%).
O vice-presidente da Anfavea, Pérsio Luiz Pastre, explicou que as vendas de máquinas agrícolas decaíram porque o mercado está com dificuldades devido à situação do agricultor, às secas, ao câmbio. "Nós temos expectativas de melhora porque o governo está anunciando um plano de refinanciamento de toda a dívida agrícola, provavelmente também em termos de comercialização desta safra. Então vai depender do que for anunciado em Brasília e na nossa avaliação de como isso repercutirá no setor".
