A Indonésia adiou a execução prevista para este sábado (12) de três milicianos cristãos que aguardavam no corredor da morte, mas garantiu que a punição será aplicada após o dia 20 deste mês. A decisão de adiar a morte dos cristão foi tomada horas após um pedido feito diretamente pelo papa Bento XVI pela vida dos cristãos.

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O pontífice recorreu nesta sexta-feira (11) ao presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, para pedir a ele que poupe a vida de três milicianos católicos. O apelo do pontífice foi feito por intermédio de um telegrama enviado pelo cardeal Angelo Sodano, secretário de Estado do Vaticano. No texto, Bento XVI alega "motivos humanitários" ao pedir a comutação da sentença

Os três milicianos católicos foram condenados à morte pela justiça indonésia por massacres contra muçulmanos ocorridos em meio a episódios de violência sectária ocorridos em 2000. A execução estava marcada para amanhã na ilha de Sulawesi.

No apelo, Bento XVI pede a intervenção de Yudhoyono "para que um ato de clemência seja concedido a esses três cidadãos católicos de seu país por questões humanitárias". O pontífice destacou que o Vaticano opõe-se à pena de morte.

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Mais de mil pessoas, entre cristãos e muçulmanos, morreram nos episódios de violência sectária do ano 2000 em Sulawesi. A violência na ilha foi um reflexo dos choques que deixaram mais de 9.000 mortos em Molucas pouco antes.

Os três réus insistem na inocência. Eles foram condenados à morte e 2001 e todos os recursos judiciais dos quais poderiam se beneficiar já se esgotaram.

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