Caciques e lideranças de mais de 20 comunidades do povo guarani decidiram solicitar uma audiência no início do ano com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Os guaranis querem manifestar o novo presidente a preocupação quanto aos direitos dos índios à terra.
O documento a ser entregue a Lula foi elaborado em assembléia realizada na aldeia Pindoty, em Pariquera-Açú, no Vale do Ribeira, em São Paulo, entre os dias 25 e 28 de novembro, de acordo com informações do Cimi (Conselho Indigenista Missionário).
Os guaranis querem uma postura diferente do próximo governo para com a etnia, que tem hoje aproximadamente 35 mil pessoas espalhadas nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.
O texto repudia a compra de terras e a violência sofrida pelas comunidades que lutam pela recuperação do território. Sobre a criação de pequenas reservas, disseram: “Reserva indígena é o mesmo que pássaro preso na gaiola, não pode voar”.