A solução para as reivindicações dos índios caingangues acampados desde domingo em frente à casa de máquinas da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) de Apucaraninha, em Tamarana (PR), pode caminhar mais rapidamente a partir da próxima semana. Até lá, os índios não pretendem levantar o acampamento, embora estivessem propensos a permitir que os funcionários da Companhia Paranaense de Energia (Copel) transitassem livremente no local. Três funcionários estão dentro da usina, alternando-se no trabalho e garantindo produção normal de energia.

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Os índios protestam contra a demora no pagamento de uma indenização, em razão do uso dos recursos naturais. A usina, construída em 1949, fica dentro de uma reserva onde vivem 1,5 milhão de índios.

O procurador da República em Londrina João Akira Omoto reuniu representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), da comunidade caingangue e da Copel para discutir uma alternativa para o impasse. Ficou estabelecido que no dia 24 haverá novo encontro, quando pode ser discutido um possível valor de indenização. Segundo a ata da reunião, os índios declararam-se "temerosos" em razão do leilão, ganho pela Copel, para a construção da Usina Hidrelétrica de Mauá no Rio Tibagi. A comunidade caingangue tem cinco aldeias na Bacia do Tibagi.

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