Brasília – As barreiras geográficas que impõem à necessidade de atravessar longas distâncias e até rios, das aldeias às cidades, foram apontadas nesta sexta-feira (18) pelo integrante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Edílson Martins, como uma das dificuldades para que as crianças indígenas sejam registradas ao nascer.

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Em debate no Colóquio Registro Civil de Nascimento: Povos Indígenas, promovido pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Martins lembrou ainda que a diferença de línguas é outra barreira, porque dificulta a comunicação entre os índios e os servidores dos cartórios.

?A discriminação existe ainda em vários cartórios por sermos indígenas e não sabermos falar bem o português, e por não termos, muitas vezes, dinheiro?, denunciou.

A falta de defensorias públicas em alguns municípios para informar os indígenas como tirar o registro civil também foi apontado por Martins.

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O subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Perly Cipriano, destacou a importância de conscientizar as lideranças indígenas para a questão e de se trabalhar em conjunto com estados e municípios, sempre respeitando o ritmo dos índios.

?A discussão deve ser feita com eles, respeitando seu tempo, cultura, tradição e saber, levando em consideração os povos indígenas em seus diferentes momentos de vivência?, defendeu Cipriano.

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Cipriano destacou a importância dos documentos para os povos indígenas. ?Para ir a escola eles precisam de um documento, alguns deles vão se aposentar, outros querem entrar na universidade, abrir empreendimentos?.