O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Cláudio Maierovitch, apresentou hoje o resultado da análise de resíduos agrotóxicos em nove tipos de alimentos consumidos diariamente pela população.
A exposição foi feita durante seminário nacional sobre agrotóxicos, saúde e ambiente, que reúne durante dois dias, no Centro de Convenções de Pernambuco, representantes de governo, sociedade civil, trabalhadores rurais, Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Federal.
Maierovitch disse que o acompanhamento que vem sendo feito pela Anvisa ao longo dos últimos três anos, em 16 estados brasileiros, com a participação de três laboratórios, demonstra que os índices de irregularidade estão em declínio, por causa do rigor adotado na fiscalização. Segundo ele, a questão do uso inadequado de defensivos agrícolas é delicada, já que pode causar problemas a saúde do consumidor, a longo prazo.
De acordo com Maierovitch, alface e morango são culturas agrícolas que ainda apresentam alto índice de contaminação.
O gerente da Anvisa, Ricardo Velloso, explicou o que acontece quando são detectadas irregularidades nas culturas agrícolas vendidas nos supermercados. "O produtor fica impedido de vender aquela determinada cultura para os supermercados até comprovar, por meio de laudo laboratorial, que o produto está livre de contaminação", afirmou.
O Programa de Monitoramento de Resíduos Agrotóxicos conta com a participação dos centros de vigilância sanitária de 12 estados, mas a meta é expandir para mais 20, até final do próximo ano. O chefe da Vigilância Sanitária em Pernambuco, Jaime Brito, informou que uma das principais ações do programa no Estado foi a apreensão, há dois anos, de grande quantidade de morango contaminado, oriundo do Espírito Santo.