Índice de Confiança do Consumidor cai 2,1%, apura a Fundação Getúlio Vargas

O índice de Confiança do Consumidor, medido mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), caiu 2,1% entre janeiro e fevereiro deste ano. A queda, segundo o coordenador da pesquisa, Aloísio Campelo, estaria relacionada, em parte, a fatores sazonais de final de ano: "Em janeiro a confiança era mais alta porque a população estava num clima otimista de virada de ano. As férias, a sobra do décimo-terceiro salário, tudo isso acaba influenciando".

Na avaliação dele, os consumidores brasileiros estão começando a recuperar a confiança na economia. Ele lembrou o aumento do índice desde novembro do ano passado, após sucessivas baixas, iniciadas em maio de 2005. "Apesar da queda, o índice ainda supera o de dezembro. A partir de maio, a confiança alta da virada de 2004 para 2005 foi diminuindo, por conta de uma série de fatores como a crise política do país, associada à elevada taxa de juros", disse Campelo.

Para Campelo, a recuperação da confiança estaria ocorrendo de forma "tímida". Ele disse acreditar também que a classe média seria uma das mais otimistas com a economia, em decorrência de "medidas do governo como a desoneração para a construção de imóveis, a MP do Bem e a definição da tabela do Imposto de Renda".

A Sondagem de Expectativas do Consumidor é realizada com base numa amostra de 2 mil domicílios, em sete capitais brasileiras. São cerca de 20 perguntas referentes às expectativas de questões com impacto econômico.

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