O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 1,9% em abril ante março, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O recuo foi menos intenso do que o apurado em março ante fevereiro, quando o índice caiu 2,8%.
Essa é a décima nona edição do indicador, calculado com base nos resultados da pesquisa "Sondagem das Expectativas do Consumidor" apurada desde outubro de 2002 (com periodicidade trimestral, até julho de 2004, quando passou a ser mensal). O índice é composto por cinco quesitos da sondagem.
Em comunicado, a FGV esclarece que "ao contrário do ocorrido no mês passado, houve melhora das avaliações a respeito da situação presente e deterioração das expectativas em relação aos próximos meses". O ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual, que caiu 4% em abril, ante queda de 4,5% em março; e o Índice de Expectativas, que teve taxa negativa de 4 7% em abril, em comparação com a queda de 1,9% em março.
Ao detalhar os resultados desses dois indicadores, a FGV informou que "considerando-se a evolução nos últimos 12 meses, o Índice da Situação Atual chegou, em abril, ao seu melhor momento em 2007, com uma variação de -0,2% sobre abril de 2006. Na mesma base de comparação, o Índice de Expectativas atingiu o seu pior resultado desde outubro de 2006, apesar de ainda sustentar uma variação positiva de 3,4% sobre o mesmo mês do ano anterior".
A FGV detalhou ainda o desempenho dos quesitos usados para cálculo dos dois indicadores componentes do ICC. De março para abril, entre os quesitos relacionados ao presente, o porcentual de pesquisados que avaliam a situação econômica de sua cidade como boa aumentou de 7,1% para 9,9%; a dos que a consideram ruim diminuiu de 45,9% para 42,7%.
Já nos quesitos relacionados ao futuro, a parcela dos consumidores que prevêem melhora na situação econômica local caiu de 31,5% para 23,7%. No mesmo período, subiu de 6,4% para 9 6% a parcela dos pesquisados que prevêem piora nessa área. "Entre os quesitos integrantes do índice, este foi o que mais contribuiu para a queda do ICC neste mês", detalhou a fundação, no comunicado.
O levantamento abrange uma amostra de 2.000 domicílios, em sete capitais, com entrevistas realizadas entre os dias 2 e 20 de abril.