Indicadores da CNI mostram que indústria continua a crescer

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou hoje os indicadores industriais do mês de outubro, que mostram continuidade da expansão industrial e têm como único registro negativo as vendas da indústria de transformação, com uma queda de 0,84% em relação a setembro.

No entanto, o número de horas trabalhadas aumentou, assim como o uso da capacidade instalada. Este índice foi recorde no ano. Chegou a 84% do total. Mas o indicador dessazonalizado, ou seja, sem um período fixado no tempo, recuou 0,4%. O número de pessoas que trabalham no setor também aumentou, em relação a outubro de 2003, em 6,32%. Este item apresentou o quinto recorde consecutivo no ano.

A massa salarial se expandiu em 0,55% em comparação com setembro. Esta trajetória de recuperação de renda começou em abril do ano passado. Nesses 18 meses, a melhora salarial foi de 14,5%, mas na avaliação do chefe do Departamento Econômico da CNI, Flávio Castelo Branco, a intensidade de crescimento é menor do que em períodos anteriores.

Segundo o analista da CNI, a forte expansão dos últimos meses refletiu o fim da crise da economia brasileira entre 2002 e 2003 e a confiança do empresariado. "Esta taxa atual está mais similar com a realidade", analisa.

Flávio afirma ainda que a grande produção industrial e a queda nas vendas não devem provocar inflação: "O descompasso entre vendas e produção mostra que a indústria continuou crescendo e que há estoque no varejo. Mas não há indicação de estrangulamento da economia". Para Flávio, a indústria aposta no crescimento da demanda interna em 2005 e "o aumento do emprego sinaliza isso", mas ressalta: "É preciso observar que o próximo ano apresenta um cenário menos amigável para a economia brasileira que 2004".

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo