Indenização por acidente no Metrô depende de perícias

O Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo (Ibape) e o Conselho Regional de Engenharia de São Paulo (Crea) criticaram as instituições e os profissionais que têm opinado sobre causas do acidente nas obras do Metrô da capital paulista e sobre possíveis valores para os imóveis afetados na região e as conseqüentes indenizações.

A Defesa Civil Municipal interditou 69 imóveis no entorno da cratera aberta pelo desmoronamento. Três já foram demolidos, dez estão condenados pela Prefeitura e 14 foram liberados. "Quaisquer causas que sejam atribuídas ao acidente e quaisquer valores que se estimem para as casas ao redor são precipitados. Não é possível tirar conclusões quando não se fizeram as avaliações necessárias", disse ontem o presidente do Crea-SP, José Tadeu da Silva. "Dá a impressão de ser especulação imobiliária e vontade de aparecer na mídia.

O presidente do Ibape-SP, Tito Lívio Gomide, afirmou que as pessoas habilitadas a falar sobre o assunto são os engenheiros da perícia. "Há muitas coisas a serem avaliadas, além do valor comercial dos imóveis. Eles foram danificados, estão em terreno desvalorizado que pode se valorizar, são muitas as variáveis." Gomide disse que um processo de avaliação leva em torno de 20 dias, mas, como essa é uma situação extraordinária, deve demorar mais.

O presidente do Crea-SP também questionou o chamado de engenheiros estrangeiros para participar das avaliações da obra. "Aqui no Brasil, há profissionais qualificados, que já conhecem nossos tipos de terreno. Espero que esses profissionais entrem em contato com o Crea, pois, se não, não têm autoridade para fazer avaliações dentro do nosso País.

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