A semana promete trazer mais confusão no Parque São Jorge. Torcedores da Gaviões da Fiel avisam que não sossegar, fazendo seguidos protestos, enquanto não tirarem os jogadores Roger, Marinho, Magrão e Betão do Corinthians.
"Eu tenho contrato até o final de 2008. Não sou de abandonar o barco. Quero ficar no Corinthians. Eu tenho casca para agüentar essa pressão. Melhor que seja em mim do que nesses jovens jogadores que estão surgindo agora", disse o meia Roger, que foi acusado pela torcida de ser ‘chinelinho’, jogador que passa a maior parte do tempo no departamento médico do que jogando.
"Eu sofri uma fratura na perna e fiquei de fora por cinco meses. Mesmo assim, atuei mais de 50 vezes nos dois últimos anos. Quem fez essa conta errou. Não mereço ser chamado de chinelinho, não" disse Roger.
A postura da torcida coincide com a da diretoria do Corinthians. Os dirigentes estão cansados de Roger. O jogador tem um dos maiores salários do elenco – ganha mais de R$ 200 mil. E o seu rendimento não é compatível com o que recebe mensalmente, de acordo com a avaliação de pessoas ligadas ao presidente Alberto Dualib.
Magrão sabe que o Yokohama Marinos quer que o Corinthians pague cerca de R$ 9 milhões pelo seu passe – caso contrário, ele retornará ao Japão. Mas o clube não tem esse dinheiro.
Marinho está na lista de dispensa dos dirigentes. Acabando o Campeonato Paulista, saíra do clube. Mas Betão fica. Ele continuará, apesar da resistência dos torcedores. "Eu nasci no Parque São Jorge. Estou muito triste com os torcedores me xingando. Ouvi durante a partida contra o América e fiquei realmente bastante triste", disse o zagueiro e capitão do time.
Wellington e Gustavo devem receber a notícia da dispensa ainda essa semana e passarão a fazer companhia a Daniel, que já treina separado do grupo.
