Aílton Santos / Jornal Hoje
Aílton Santos / Jornal Hoje

Três bombas de fabricação caseira
foram lançadas na manhã de hoje
contra a porta de madeira da casa
ocupada pelo Instituto.

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Três bombas de fabricação caseira foram lançadas por volta das 6 horas da manhã desta terça-feira (19) contra a porta da casa de madeira ocupada pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Cascavel, a cerca de 500 quilômetros de Curitiba (PR). O incêndio total somente foi evitado porque o guardião percebeu o fogo, deu o primeiro combate e chamou os bombeiros. A Polícia Federal coletou material para tentar identificar os criminosos.

"Isso nos assustou", disse o chefe da Unidade Avançada do Incra na região, Elio Dalmagro. Segundo ele, na casa há cerca de 100 mil processos e documentos, como escrituras e pedidos de regularização e desapropriação de áreas. "Tivemos a mão de Deus que nos protegeu", afirmou. O fogo chegou a atingir uma sala. O delegado da Polícia Federal Geraldo Eustáquio, que acompanhou a perícia, disse que aguardará o laudo. "Ainda não ouvimos ninguém.

Via Campesina

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O coordenador da Via Campesina Diego Moreira garantiu que o movimento não tem intenções de invadir a Fazenda Santa Rita, em Santo Antônio da Platina, a cerca de 350 quilômetros de Curitiba. A propriedade é do deputado federal Abelardo Lupion (PFL-PR). Cerca de 300 integrantes da entidade estão acampados desde ontem às margens da BR-153, a quatro quilômetros da entrada da propriedade. "Estamos em uma atividade pacífica, trazendo as denúncias contra o deputado e o pedido de cassação", afirmou.

O movimento alega que a fazenda foi um "presente" da multinacional Monsanto "em troca de apoio no Congresso Nacional para aprovação de emenda à medida provisória que autoriza o uso do glifosato como herbicida pós-emergente na cultura da soja geneticamente modificada, para a safra 2004/2005". Segundo a Via Campesina, a aprovação aconteceu cinco meses após a compra da fazenda pelo deputado.

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