O Serviço Florestal do Canadá, órgão governamental do país que possui 10% das reservas florestais do planeta, emitiu um informe no início da semana advertindo que o controle de incêndios florestais é um fator de redução da emissão de gases estufa na atmosfera.
O Canadá registra 8,5 mil incêndios florestais por ano e 60% deles são provocados pela ação humana, conforme dados da Coalizão Nacional da Estratégia Florestal, formada por 67 instituições, a maioria não governamental.
Esta tem sido uma das maiores preocupações das autoridades constituídas e dos ambientalistas, sobretudo nos países integrantes do Protocolo de Kyoto, entre eles o Brasil, cuja meta global é reduzir em 5,7% a emissão de gases poluentes até 2012.
As emanações são produzidas, basicamente, pelas indústrias e a queima de derivados de petróleo, mas também pelo gás carbônico originário de incêndios florestais e apodrecimento da madeira não aproveitada.
Os incêndios nas florestas são causados por raios em regiões remotas, campistas descuidados e pessoas mal-intencionadas. Alguns países estão planejando o plantio de novas florestas, considerando que as mesmas devem estar em locais que facilitem a rápida intervenção dos bombeiros, além de manterem campanhas permanentes de educação ambiental.
No final de 1990, um grande incêndio ocorrido na Indonésia lançou na atmosfera cerca de 2,6 bilhões de toneladas de gases estufa, 40% das emissões industriais em todo o mundo, pelo período de um ano. O efeito estufa cria as condições para o aumento de tufões, secas, chuvas e elevação do nível dos mares, entre outras mazelas.
O Protocolo de Kyoto foi assinado em meados de fevereiro por cerca de 150 países, mas até agora não conta com a adesão dos governos dos Estados Unidos e Austrália.