Um incêndio que atingiu o Parque Nacional da Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas, na região do Estado, até o início da noite desta sexta-feira (15) já havia consumido a vegetação de cerca de 42 mil hectares, mais da metade da área regulamentada da unidade, de 71 mil hectares. O chefe do parque, Joaquim de Maia Neto, disse que não tem dúvidas de que trata-se de um incêndio criminoso. De acordo com o Ibama, o fogo teve início na madrugada do dia 12. Vários focos surgiram simultaneamente. O vento forte dificultava o trabalho de combate às chamas.

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Ao todo, 90 pessoas, entre brigadistas, voluntários e funcionários do parque, tentavam conter o fogo. Um helicóptero do Ibama e três aviões Air Tractor, cedidos pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), também auxiliavam no combate às chamas.

O superintendente do Ibama em Minas Gerais, Roberto Messias Franco, informou que vai pedir que a Policia Federal (PF) abra investigação sobre o incêndio. Para Maia, o incêndio está relacionado com a decisão do órgão de ampliar a área do parque para o seu tamanho original, de 200 mil hectares, o que gerou conflito e resistência entre produtores, empreendedores e moradores localizados no entorno da unidade de conservação. "Eu não tenho dúvida disso. Vamos acionar a polícia sim", disse.

Ontem, as chamas altas avançavam sobre as nascentes e já era possível detectar animais mortos, principalmente tamanduás. "O prejuízo ambiental é enorme", afirmou o chefe do parque. A região da Canastra abriga espécies em extinção e a nascente do rio São Francisco.

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