Inca e Fiocruz firmam convênio para realização de pesquisas sobre câncer

Brasília – O Instituto Nacional do Câncer (Inca) e a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) firmaram hoje (24) termo aditivo de convênio para realização de pesquisas sobre a doença. Com financiamento do Ministério da Saúde, o convênio viabilizará 24 projetos de pesquisa para produzir conhecimento e desenvolver novas tecnologias a serem utilizadas no combate ao câncer, que afeta cerca de 470 mil pessoas a cada ano no Brasil.

Serão investidos R$ 4,7 milhões em projetos que vão abranger desde pesquisas na área de biologia celular até soluções em termos de organização dos serviços de saúde para o atendimento dos pacientes com câncer.

Segundo o diretor geral do Inca, Luiz Antônio Santini, as pesquisas terão também o objetivo de ampliar as estratégias de diagnóstico da doença. Para ele, o câncer precisa ser abordado como uma questão de saúde pública, tanto por causa da magnitude dos números quanto pelo fato de que vários tipos da doença poderiam ser prevenidos com ações de saúde pública.

"Hoje a atenção se concentra na assistência a fases tardias da doença, quando é necessário investir no diagnóstico precoce e na detecção", afirmou Santini. Um dos estudos vai mapear as proteínas existentes em determinados tipos de tumor. O mapeamento protéico torna possível detectar precocemente a incidência de câncer em pessoas que apresentam essas proteínas.

Os pesquisadores também vão investigar as suscetibilidades dos indivíduos à doença. O objetivo é estender a outros tipos de câncer o aconselhamento genético que já se faz hoje nos casos de câncer de mama, de colo-retal e do retinoblastoma (que atinge a retina ocular). O conhecimento da predisposição genética para desenvolver a doença permite um controle mais rigoroso e até mesmo intervenções precoces capazes de impedir que o câncer se manifeste.

Um terço dos recursos destinados pelo Ministério da Saúde ao acordo assinado hoje, cerca de R$ 1,4 milhão, serão investidos em equipamentos que darão suporte às pesquisas. Um deles é um microscópio utilizado no estudo da adesão das células cancerosas, que indica se a doença irá se alastrar ou não. O outro, um espectômetro, é capaz de identificar as proteínas específicas de vários tipos de câncer.

As pesquisas com o objetivo de aprimorar o diagnóstico incluem também o desenvolvimento de tecnologia para produzir insumos, materiais e produtos. Um dos estudos estará voltado para melhorar e ampliar a produção de kits diagnósticos e tentar obtê-los a custos mais baixos do que os importados.

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