Representantes das Indústrias Nucleares do Brasil S.A. (INB), antiga Nuclebrás, e do sindicato dos trabalhadores fecharam acordo ontem (27), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), para encerrar a greve iniciada no dia 16 de dezembro nas usinas nucleares de Angra. Eles aceitaram a proposta feita na última quinta-feira (23) pelo presidente do TST, ministro Vantuil Abdala.

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Os grevistas terão reajuste de 7,9%, o mesmo concedido aos funcionários que já fecharam acordo com a empresa. A INB pagará os dias parados. A direção da indústria também comprometeu-se a buscar junto ao governo federal autorização para implantar o plano de cargos e salários (PCS), com o acompanhamento do sindicato.

O presidente do TST elogiou o sindicato e a empresa pela celebração do acordo e a desistência dos dissídios no TST. "A harmonia que sempre houve entre as partes é o melhor caminho, principalmente em uma atividade de tanta importância para o país", disse.

A mediação começou na quarta-feira (22) depois de a empresa e o sindicato terem entrado com dissídios coletivos no TST, o primeiro com pedido para que fosse declarada a abusividade da greve e o segundo com uma pauta de reivindicações, a principal delas a implantação de um sistema de cargos e salários, que representará aumento de 45% a 60% na remuneração dos funcionários.

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A empresa alegou que como a folha de pagamento é paga pelo Tesouro Nacional, o PCS depende da anuência do governo federal. De acordo com estimativa da INB, o plano representaria acréscimo de R$ 12 milhões a R$ 13 milhões na folha de pagamento anual, hoje de R$ 60 milhões.