A companhia de análise de crédito Serasa informou nesta quarta-feira (13) que a inadimplência dos consumidores cresceu 5,6% no País em agosto ante o mesmo mês do ano passado. Na comparação com julho de 2006 porém, o movimento foi de queda, de 5,1%. Nos primeiros oito meses do ano, o levantamento divulgado hoje constatou aumento de 14,2% sobre o mesmo período de 2005.
De acordo com os técnicos da Serasa, o elevado endividamento do consumidor, por conta da expansão da oferta de crédito e do alongamento nos prazos de pagamento, manteve o crescimento da inadimplência entre as pessoas físicas em agosto e no acumulado do ano, frente aos mesmos períodos do ano passado. Já o aumento do salário mínimo, o crescimento da renda e do emprego formal, além dos baixos índices de inflação, atenuaram o impacto negativo do alto endividamento na renda disponível do consumidor e provocaram a redução verificada na comparação mensal.
No mês passado, segundo o indicador da Serasa, as dívidas com cartões de crédito e financeiras tiveram o maior peso na inadimplência dos consumidores, com participação de 33,6%, porcentual inferior ao registrado em agosto de 2005, que foi de 34,6%. As dívidas com os bancos ultrapassaram as verificadas com os cheques sem fundos e registraram, em agosto, a segunda maior participação (31,9%), resultado maior que no mesmo período do ano passado (30,1%).
A terceira colocação no ranking ficou com os cheques sem fundos (31,6%), porcentual abaixo do registrado em agosto de 2005, que foi de 32,7%. Os títulos protestados tiveram participação de 2 9% na inadimplência dos consumidores, contra 2,6% no mesmo período do ano passado.
O valor médio das anotações de cheques sem fundos de pessoa física foi de R$ 574,61 nos primeiros oito meses de 2006. Já o valor médio dos títulos protestados, foi de R$ 787,88, enquanto os registros de dívidas com o sistema financeiro tiveram um valor médio de R$ 1.107,38 e os registros de dívidas com cartões de crédito e financeiras, de R$ 308,44.
Em relação ao período compreendido entre janeiro e agosto de 2005, houve um aumento de 8,4% no valor médio das anotações de cheques sem fundos e uma alta de 6,2% no de anotações de protestos. O valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras aumentou 18,2% e o das dívidas com os bancos subiu 7 1%, na mesma base de comparação.