Inadimplência de consumidores cresce 17,8%

São Paulo (AE) – A inadimplência dos consumidores apresentou crescimento de 17,8% em setembro ante o mesmo mês do ano anterior, segundo levantamento divulgado hoje (1) pela empresa de análise de crédito Serasa. Na comparação com agosto, houve queda de 4,7%. Nos primeiros nove meses do ano, a Serasa apurou elevação de 14,1% ante o mesmo período de 2004. De acordo com a equipe de economistas da Serasa, a alta do indicador é fruto da expansão do crédito financeiro às pessoas físicas e do "expressivo crescimento" da aquisição de bens de consumo duráveis, por meio dos financiamentos da rede varejista. Estes fatores colaboram para um "elevado endividamento da população".

A Serasa ressaltou, porém, que há indícios de aumento no crédito em um ritmo maior que o da inadimplência. A empresa mencionou que o saldo de operações de crédito do sistema financeiro para as pessoas físicas aumentou 18% na comparação de setembro de 2005 com o mesmo mês de 2004. Já a redução da inadimplência entre agosto e setembro foi motivada pelo aumento na massa de salários, "decorrente da elevação da renda média real e da relativa estabilidade nas taxas de desemprego".

Ranking

O Indicador Serasa de Inadimplência analisa registros de cheques devolvidos por falta de fundos, títulos protestados, dívidas vencidas com instituições financeiras, empresas do varejo, cartões de crédito e financeiras. No mês passado, os cheques sem fundos voltaram a apresentar a maior participação (37,3%) entre as pessoas físicas, com valor médio de R$ 529,86 das anotações negativas. O porcentual em setembro de 2004, foi de 34,9% e, em 2003, estes registros tinham um peso de 36,0%.

As dívidas com cartão de crédito e financeiras ocuparam o segundo posto, com participação de 33,2% e valor médio de R$ 265,37. A terceira maior participação (27,8%) foi do indicador dos registros de dívidas com bancos, que tiveram valor médio de R$ 1.033,59. Os títulos protestados, com menos de 2% de representatividade e valor médio de R$ 743,52, tiveram a menor participação entre as modalidades pesquisadas pela Serasa e mantiveram o nível verificado desde 2003.

Na comparação entre os primeiros nove meses de 2005 e o período de janeiro a setembro de 2004, a empresa constatou que houve crescimento de 18,4% no valor médio das anotações de cheques sem fundos e uma alta de 18,2% no verificado em anotações de protestos. O valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras aumentou 7,9% e o valor das dívidas com os bancos apresentou alta de 10,5%.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo