Inadimplência das empresas cresce 18,3% em maio

A inadimplência das empresas brasileiras cresceu em maio, conforme levantamento divulgado nesta quarta-feira pela Serasa. No mês passado, entre as pessoas jurídicas, houve aumento de 18 3% ante o mesmo período de 2005 e elevação de 16,6% sobre abril de 2006, mês que havia apresentado queda de 22,7% ante março deste ano. Entre janeiro e maio, a companhia de análise de crédito constatou elevação de 14,5%, na comparação com os primeiros cinco meses do ano passado.

Na avaliação da Serasa, as variações de alta verificadas em relação a maio de 2005 e ao acumulado de 2005 resultaram do aumento do crédito, do elevado custo financeiro e da valorização do real.

"A recuperação do mercado doméstico está fortemente ancorada no crédito, que está cada vez mais competitivo, o que torna complicado o repasse dos elevados custos financeiros às transações", justificaram os técnicos. "As empresas dependentes das exportações encontram dificuldades para cumprir seu fluxo de caixa a partir do real sobrevalorizado frente ao dólar", acrescentaram.

Quanto à comparação mensal, a Serasa justificou que o maior número de dias úteis (22) em maio de 2006 foi o fator responsável pelo acréscimo de registros de inadimplência em relação a abril, que contou com 18 dias úteis. Destacou também que o crescimento da inadimplência das pessoas físicas também causa impacto na inadimplência das empresas, sobretudo daquelas que concedem crédito sem metodologia adequada.

A Serasa informou que, entre as modalidades pesquisadas, os títulos protestados mantiveram a liderança no ranking da inadimplência, com a maior participação (40,4%) entre as empresas, ante 40,9% do mesmo mês do ano passado, e com valor médio de R$ 1.379,89 das anotações negativas no final dos primeiros cinco meses de 2006.

O segundo índice em representatividade das pessoas jurídicas foi o dos cheques sem fundos, que aumentou de 39,2% em maio de 2005, para 39,9%, no mês passado, com valor médio de R$ 1.260,82.

Na seqüência, as dívidas registradas com os bancos tiveram a menor participação (19,7%), com um resultado inferior à participação de 19,9%, do mesmo mês do ano passado. O valor médio no acumulado deste ano foi de R$ 3.509,68.

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