O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou com a introdução da nova série metodológica, a alta dos impostos sobre produtos como componente do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006 de 4,4% para 5,2%. Esse conceito é bem mais amplo que o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), referindo-se à tributação em geral sobre bens e serviços.
O aumento dos impostos em relação a 2005 foi bem superior à dos setores produtivos, cuja média foi revisada de 2,7% para 3,5%. Sem a contribuição dos impostos, o crescimento do PIB teria sido 0,2 ponto porcentual menor, tanto na metodologia antiga, quanto na nova (na anterior, o crescimento, sem os impostos, teria sido de 2,7% e não de 2,9%; no cálculo novo, a expansão teria sido de 3,5% e não de 3,7%). Os impostos, portanto, puxaram o avanço do PIB em 2006, o que pode ser constatado mesmo antes da revisão metodológica da pesquisa do IBGE.
Todos os setores produtivos tiveram elevação inferior à alta dos impostos na nova série: Agropecuária (4,1%), Indústria (2,8%) e Serviços (3,7%). No cálculo anterior do PIB, Agropecuária subiu 3,2%; Indústria, 3%; e Serviços, 2,4%.
De acordo com o IBGE, pela série nova, o crescimento da arrecadação com Imposto de Importação em 2006 foi de 21,6%; do ICMS foi de 4,8%; e de outros impostos, de 3,5%.
