Importância da integridade na fumicultura

O início do plantio da safra de fumo 2006/2007, com a expectativa de produção de 715 mil toneladas, está motivando uma campanha de esclarecimento do Sindicato da Indústria do Fumo (Sindifumo) sobre a importância da integridade do produto, dentro das ações do Programa Fumo Limpo.

Preocupada com o uso de fertilizantes e agrotóxicos não recomendados para a cultura, que podem comprometer a qualidade do produto, a entidade está distribuindo, por meio das equipes técnicas das empresas associadas, 192 mil folders às famílias de produtores integrados da região sul do Brasil, além de sindicatos ligados ao meio rural dos municípios produtores de fumo. ?Precisamos mostrar que a produção de fumos de excelente qualidade e livre de qualquer tipo de material estranho será determinante para o bom resultado da próxima safra?, alerta o presidente do Sindifumo, Iro Schünke.

Um dos aspectos destacados no material trata da qualidade química do fumo. Conforme o Sindifumo, o uso de matérias-primas alternativas pode baratear o fertilizante, mas prejudicar decisivamente a qualidade do produto. O potássio necessário ao bom desenvolvimento da planta, por exemplo, é suprido pelo sulfato e nitrato de potássio. No entanto, alguns fertilizantes alternativos usam o cloreto de potássio, cujo cloro fica depositado nas folhas, afetando a qualidade química do produto. ?Estamos tentando mostrar que este tipo de economia em nada ajuda, ou seja, é o barato que sai caro, pois acaba prejudicando a qualidade exigida pelo mercado internacional?, explica.

Outro item ressaltado pela indústria é a importância do uso de agrotóxicos recomendados para a cultura do fumo, registrados junto ao Ministério da Agricultura para este fim espefícico. Conforme o sindicato, estes produtos causam baixo impacto ao meio ambiente e atendem às exigências internacionais quanto à tolerância de resíduos. ?O uso de qualquer produto não recomendado afeta a qualidade do fumo e pode prejudicar as exportações brasileiras?, enfatiza.

Odores

Além dos resíduos químicos, os odores atípicos – causados por produtos como conservantes de madeira, combustíveis, tintas, solventes, agrotóxicos não recomendados, entre outros – também precisam receber uma atenção especial por parte dos fumicultores. Além de serem guardados conforme a orientação do fabricante e fora do alcance de crianças e animais, esses produtos não devem ter nenhum tipo de contato com o fumo, para que este não tenha alterado seu aroma natural. Entre as medidas sugeridas para evitar os odores atípicos estão a não- utilização de cama de aviário nas lavouras e de madeiras tratadas com conservantes na construção de equipamentos, estufas, galpões ou paióis. ?Inclusive os vazamentos de fumaça na estufa podem comprometer a qualidade com relação aos odores, por isso, a necessidade de fazer a adequada manutenção dos canos e verificar o seu funcionamento antes de iniciar a primeira colheita?, completa Schünke.

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