Os indícios se confirmaram, e o mês de novembro acabou registrando o menor saldo comercial desde abril de 2004. A balança pendeu entre US$ 14,05 bilhões exportados e US$ 12,02 bilhões importados, estabelecendo recordes para o mês de novembro em ambas as situações.
O superávit ficou em US$ 2,02 bilhões, mas a redução dos saldos comerciais é uma tendência com a qual o governo deverá trabalhar daqui em diante. Entre janeiro e novembro as vendas para o mercado externo acumularam US$ 146,4 bilhões, ao passo que as compras chegaram a US$ 110 bilhões, acusando um saldo de US$ 36,4 bilhões. Até o final do ano a meta é exportar US$ 159 bilhões em produtos básicos, semimanufaturados e manufaturados.
Nos últimos meses, o ritmo diário das importações teve crescimento mais intenso (30,2%) do que as exportações (16,1%). Em novembro, pela primeira vez, a média diária das importações ultrapassou a casa de US$ 600 mil, quebrando todos os recordes anteriores.
Numa primeira avaliação, o cenário revela que o consumidor terá à disposição uma ampla oferta de produtos importados, embora fontes do governo garantam que a valorização do câmbio, por outro lado, contribui para a modernização do parque industrial brasileiro.
Segundo o IBGE, nos últimos doze meses o consumo aparente de máquinas e equipamentos industriais aumentou 29%, tendo em vista que os empresários estão usando o câmbio favorável para diversificar os fornecedores.