A deflação de 0,16%, já na primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de abril, abre uma grande possibilidade para que o indicador encerre o mês com uma taxa bem baixa, e bem menor do que a apurada em março (0,34%), avalia o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros.
"Com a queda de 0,16%, foi criado um espaço bem favorável para que, mesmo que se tenha algum choque de preços, ao longo do mês, nós tenhamos uma taxa bem baixa em abril", previu.
Ele comentou que taxas baixas para os índices de preços nessa época do ano não são novidade. De uma maneira geral, os indicadores são beneficiados pela época de colheitas nesse período do ano, que acabam por elevar a oferta nos produtos agrícolas no mercado interno – tanto no atacado quanto no varejo. Isso puxa para baixo as taxas dos indicadores, de acordo com Quadros. "Índice baixo em fase de colheita é normal", disse.
De acordo com ele, a única fonte de pressão de preços para a inflação em abril é o impacto do reajuste nos preços dos medicamentos, autorizado pela Anvisa a partir de 31 de março. "Mas essa queda (de -0,16%) abriu uma boa perspectiva de um IGP-M bem baixo esse mês", considerou.
