Desacelerações e quedas de preços cobrados no atacado garantiram a perda do vigor da inflação medida pelo Índice Geral de Preços (IGP-M), apurado pela Fundação Getúlio Vargas. Na primeira prévia do indicador de outubro, o indicador apontou variação de 0,19%, um aumento menor do que os 0,21% apurados em igual período em setembro.
A avaliação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Na passagem da primeira prévia do IGP-M de setembro para igual prévia em outubro, o IPA passou de 0,31% para 0,25%. "O IPA foi o único dos três indicadores (que formam o IGP-M) que desacelerou", disse.
De acordo com ele, o desempenho comportado dos preços abrangeu setores bastante diferentes no atacado – como a desaceleração nos preços dos produtos agrícolas (de 1,41% para 1,2%) e a deflação mais intensa nos preços dos produtos industriais (de -0 02% para -0,05%).
Entre os destaques, estão a maior deflação de preços dos alimentos in natura (de -0,62% para -2,48%) e combustíveis e lubrificantes (de 0,05% para -0,56%).
No setor de alimentação, destacam-se as quedas de preços em bovinos (de 4,74% para 2,71%) e arroz (de 2% para 0,17%). Quadros acrescentou ainda que, no caso dos combustíveis, houve redução expressiva no preço da querosene para motores (de 3,47% para -5,68%).
"Também ocorreu altas localizadas, como é o caso da soja (3 31%). Mas o que predominou foram desacelerações e quedas de preços em outros setores", afirmou.
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