O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de 2006 caminha para se tornar a terceira menor taxa da história do indicador, iniciado em 1989. A avaliação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Ele lembrou que a menor taxa da história do indicador é a de 2005, quando o índice fechou o ano com alta de 1,21%. Na segunda posição está o IGP-M de 1998, quando o indicador teve aumento de 1,78%. Atualmente, a terceira posição é ocupada pela taxa do índice de 1997, quando o IGP-M fechou com elevação de 7,74%.
Até a primeira prévia de dezembro, o IGP-M acumula alta de 3,69% no ano. "A taxa acumulada está muito longe da segunda posição, e muito longe também da terceira posição", afirmou o economista, considerando que, pelo cenário atual da inflação, o mais provável mesmo é que a taxa do índice este ano feche na terceira posição, entre as menores da história do indicador.
O economista considerou que esse resultado de 2006 é muito importante para se entender o atual cenário macroeconômico do País. Ele observou que a terceira taxa mais baixa deve vir logo em seguida à menor taxa do IGP-M, que foi no ano passado. Na avaliação de Quadros, duas taxas tão baixas, consecutivas, demonstram que "os fundamentos da economia têm fôlego", e que a situação hoje, em termos macroeconômicos, comprovam uma tranqüilidade muito maior na economia brasileira do que em anos anteriores.