IGP-M apresenta deflação de 0,5%

A população brasileira está gastando menos para morar, comer e se vestir. É o que se pode deduzir dos resultados da inflação medida pelo Índice Geral de Preços do mercado (IGP-M) apurado pela Fundação Getulio Vargas.

O indicador fechou o segundo decênio do mês de agosto com uma deflação (inflação negativa) de 0,49%, acentuando ainda mais o processo de desaceleração de preços que vem se verificando há varias semanas.

O resultado deste segundo período de coleta chega a ser 0,74 ponto percentual inferior à deflação de igual período do ano passado, quando a taxa fechou também negativa em 0,25%. No ano, o IGP-M apresenta variação positiva acumulada de apenas 0,92%, com a taxa anualizada (últimos doze meses) ficando em 3,60%.

O IGP-M (como os demais índices gerais de preços da Fundação Getúlio Vargas) registra a inflação de preços desde matérias agrícolas e industriais até bens e serviços finais. O índice é calculado no Rio e em São para as famílias com renda de até 33 salários mínimos e serve de parâmetro para a correção dos preços do mercado ? inclusive os aluguéis e as tarifas de energia elétrica e telefone.

A deflação desta segunda prévia reflete variações negativas em dois dos três componentes do IGP-M (atacado e varejo), enquanto os custos da construção civil apresentaram variação próxima de zero.

No atacado, os preços medidos pelo IPA (Índice de Preços no Atacado), com peso de 60% na composição do IGP-M, acusaram deflação de 0,64%, depois de ter fechado na segunda prévia de julho com inflação negativa de 0,48%.

A retração também se acentuou no varejo, onde os preços ao consumidor (medidos pelo IPC ? Índice de Preços ao Consumidor), peso de 30%, passaram de uma variação positiva de 0,03% para uma inflação negativa de 0,28%.

Já a variação do Índice Nacional de Custos da Construção (INCC), que tem peso de apenas 10% na formação do IGP-M, ficou próxima de zero ao recuar de 0,65% para apenas 0,03%, entre um período e outro.

Segundo os dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas, no atacado a acentuação da inflação negativa refletiu desacelerações em dois dos três grupos componentes: Bens Finais e Bens Intermediários. No primeiro caso, a variação passou de menos 0,23% para menos 0,30%; e no segundo de menos 0,48% para menos 0,81%.
No caso do varejo, os grupos Habitação, Alimentação e Vestuário, juntos contribuíram com 0,37 ponto percentual para a deflação do IPC.

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