O último relatório de mercado do Banco Central (BC), que apontou a expectativa da taxa básica de juros do Brasil (Selic) em 10 75% ao ano no final de 2007, já embute uma redução de 0,50 ponto porcentual dos juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em junho. A avaliação é do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

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"Ou seja, já é dada como certa e, portanto, já está inteiramente absorvida nas antecipações do mercado financeiro, incluindo o mercado cambial, a queda naquele montante da taxa básica.

Segundo o Iedi, está implícita, também, a antecipação de um certo percurso quanto às demais quatro decisões que o Copom tomará ainda em 2007.

Para os economistas do instituto, com o corte de 0,5 ponto porcentual em junho, o BC dificilmente deixará de repetir a dose na reunião seguinte. E somente depois disso é que poderá baixar o corte para 0,25 ponto porcentual.

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"Tudo é muito lógico, mas é também muito previsível, de forma que muito pouco ou quase nada se poderá esperar em termos de uma mudança quanto ao percurso de uma outra decisiva variável que é a taxa de câmbio a partir da redução da taxa de juros básica brasileira", ressaltou o Iedi.

O instituto afirmou, também, que a tendência de valorização do real será mantida ao longo de 2007, o que exigirá, como tentativa de contrabalançar esse desfecho, uma ampliação das intervenções do Banco Central no mercado comprando dólares.

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"O quadro poderia ser outro, se algo realmente forte se apresentasse no cenário da farta liquidez externa (o que é possível, mas que não se pode antecipar) ou se algo efetivamente mudasse na marcha de redução da taxa Selic.