IBGE/PNAD: cresce o número de pessoas mais velhas

O processo de transformação da estrutura etária do País, de uma população mais jovem para uma mais envelhecida, prosseguiu em 2005 e é conseqüência da redução da taxa de fecundidade e da queda da mortalidade registradas nas últimas décadas, segundo mostrou hoje a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, o porcentual de pessoas com menos de 25 anos de idade no total da população residente passou de 58,2% em 1981 para 45,3% em 2005. O maior recuo ocorreu no grupo de zero a quatro anos, que passou de uma fatia de 13,4% para 7,9% no período. Por outro lado, o grupo de idosos de 60 anos ou mais continuou aumentando, gradativamente, a sua participação na população, passando de 6,4% em 1981 para 7,9% em 1992; 9,0% em 2001 e 9,9% em 2005.

A analista da pesquisa, Vandeli Guerra, observou que "a pirâmide está se invertendo" e lembrou que no Brasil, segundo os demógrafos, a mudança na estrutura etária da população foi muito mais acelerada do que na Europa, por exemplo. Segundo ela, essa mudança foi mais veloz nas décadas de 60, 70 e 80 e começou a desacelerar um pouco nos anos 90, "mas a tendência permanece de queda da participação da população mais jovem".

A evolução do processo de envelhecimento da população também pode ser acompanhada por meio do indicador que relaciona o número de pessoas de 60 anos ou mais de idade para 100 crianças de menos de 5 anos de idade. Esse indicador estava em 48,3 em 1981, passou para 74,3 em 1992, atingiu 98,7 em 2001 e alcançou 126,4 em 2005. Segundo o IBGE, o número de idosos de 60 anos ou mais de idade já havia suplantado o de crianças de menos de 5 anos de idade desde 2002.

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