O Índice de Serviços de Telecomunicações (IST), que vai corrigir os preços das tarifas telefônicas a partir do ano que vem, será acompanhado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de acordo com convênio assinado hoje entre o instituto e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O IBGE poderá, por exemplo, participar de eventuais revisões do índice.

continua após a publicidade

O IST, cuja metodologia de cálculo foi desenvolvida em parceria entre a Anatel e o IBGE, será calculado com base nas despesas das principais empresas de telefonia, levando em conta também a participação de cada uma delas no mercado. As despesas das operadoras serão detalhadas em mais de 20 itens, como gastos com pessoal, depreciação de equipamentos e de infra-estrutura, despesas técnico-operacionais e marketing e vendas. O valor de cada um desses itens no custo das empresas será calculado e corrigido com base em índices já existentes.

O gasto com pessoal, por exemplo, será corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Já a depreciação de equipamentos e de infra-estrutura será corrigida pelo Índice de Preços ao Atacado (IPA). Este último componente de despesa terá maior peso – de 35% – no cálculo do IST.

O novo índice vai substituir o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) na correção anual dos contratos de telefonia fixa. O uso do IGP-DI é criticado porque capta as oscilações do dólar e outros preços que não necessariamente têm relação com os serviços de telefonia. Nos últimos anos, o IGP foi dos índices que apresentaram variação mais alta e, ao corrigir as tarifas, acabou pressionando novamente a inflação.

continua após a publicidade