O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, divulgado nesta sexta-feira (7) pelo IBGE, aponta para uma deflação de 0,36% em Curitiba. A taxa é a menor desde setembro de 1998, quando o índice foi de -0,02%. O índice registrado em Curitiba só não é melhor que o de Brasília, onde a deflação foi de 0,69%.
O IPCA é apurado em nove regiões metropolitanas, com base nos gastos de famílias com renda de um a 40 salários-mínimos. Apenas em duas regiões metropolitanas – Recife (0,21%) e Belo Horizonte (0,15) – não houve deflação.
Em Salvador, a taxa ficou em -0,03%; em Belém, -0,04%; em Porto Alegre, -0,13%; Fortaleza, -0,20%; São Paulo, -0,30%; Rio de Janeiro, -0,33%; Goiânia, -0,30%; e Brasília, -0,69%. A média nacional foi calculada em -0,21%.
Ipardes
O índice de inflação medido pelo Ipardes em Curitiba caiu de 0,78% em abril para 0,30% em maio e de agora, de acordo com o IBGE, fecha junho com a primeira deflação desde junho do ano passado. Com o resultado de junho, o índice, que é usado pelo governo para balizar as metas de inflação, fecha o primeiro semestre com alta de 1,54%, abaixo do acumulado no mesmo período de 2005. Nos 12 meses fechados em junho, o IPCA acumula alta de 4,03%, também abaixo da taxa de 4,23% registrada nos 12 meses imediatamente anteriores.
De acordo com o IBGE, a redução da taxa de um mês para o outro se deve, principalmente, à queda nos preços do álcool, que contribuiu com -0,11 ponto percentual. O preço do litro do álcool ficou 8,77% mais barato para o consumidor, como resultado da maior oferta da cana-de-açúcar e menor demanda pelo produto. A gasolina, com 20% de álcool em sua mistura, passou a custar menos 1,60% e ficou com a segunda menor contribuição individual do mês (-0,07 ponto percentual).
Os artigos de vestuário (de 0,90% para 0,59%) e os remédios (de 1,41% para 0,21%) também ajudaram na redução da inflação. Os preços dos alimentos caíram 0,10%, depois de terem subido 0,14% em maio. Os produtos não alimentícios apresentaram -0,10% de variação, menos do que o resultado de 0,14% de maio. O resultado do grupo alimentos ficou em -0,61%, depois de registrar uma taxa perto de zero (-0,03%) em maio. Nos alimentos, apesar de poucos produtos apresentarem alta, o frango (de 8,42% para 4,60%) e o pão francês (de -0,64% para 1,29%) foram os destaques.
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor apresentou variação de -0,07% em junho, resultado inferior ao de maio (0,13%). O acumulado do ano situou-se em 1,06%, bem menos do que em igual período do ano passado (3,28%). Nos últimos doze meses, a taxa ficou em 2,79%, próxima dos 2,75% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em junho de 2005, o índice ficou em -0,11%.
No INPC do mês, os produtos alimentícios apresentaram variação negativa de -0,42%, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,07%. Quantos aos índices regionais, apenas Recife (0,25%), Belo Horizonte (0,21%) e Porto Alegre (0,14%) não mostraram deflação. O menor resultado, com deflação, foi registrado e Fortaleza (-0,42%).
Para cálculo do índice de mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de maio a 27 de junho (referência) com os preços vigentes no período de 28 de abril a 29 de maio (base).O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 08 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.
